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Anvisa questiona saúde sanitária de cruzeiros marítimos


Um alerta para quem pretende fazer viagens em cruzeiros marítimos na temporada de verão 2011/2012. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) apresentou um relatório indicando que cerca de 30% dos navios de cruzeiros que chegaram no país na temporada 2010/2011 apresentaram problemas sanitários.

De acordo com a Anvisa as principais irregularidades encontradas nas embarcações estão relacionadas ao controle da qualidade da água e ao armazenamento, ao preparo e à distribuição de alimentos, o que pode aumentar a contaminação pelo norovírus, principal causador de diarreia.

O levantamento aponta ainda que 70% das embarcações que visitaram a costa brasileira nessa temporada apresentaram condições sanitárias satisfatórias para a maioria dos itens inspecionados.

Segundo o diretor da Anvisa, Agenor Álvares, há dois motivos para esse índice. “A primeira questão é um regulamento bastante claro que foi apresentado para as empresas que operam nesse setor, para que elas se adequassem e cumprissem rigorosamente aquelas regras. E, em segundo lugar, ter aumentado a fiscalização e ter profissionalizado a nossa fiscalização”, destacou.

Agenor Álvares disse também que a intenção da Anvisa e dos empresários do ramo é chegar ao mais alto nível de condições sanitárias nos navios. De acordo com o diretor, as operações de fiscalização serão permanentes.
Segundo os números da Anvisa, na temporada de cruzeiros marítimos 2009/2010, foram registrados 4.441 casos de doenças em passageiros e tripulantes. Na temporada 2010/2011, o número caiu para 792. Apesar da redução de 82%, o número ainda preocupa, disse Álvares.

Abremar contesta

OUTRO LADO: A Associação Brasileira de Cruzeiros Marítimos (Abremar) divulgou em nota nesta quinta-feira (15) que 0,09% dos passageiros em cruzeiros no Brasil na última temporada foram registrados com sintomas de doenças –não necessariamente contraídas nos navios.

Ou seja, foram 792 ocorrências para 852.752 turistas, brasileiros e estrangeiros, que viajaram nas embarcações, segundo a associação.

A nota é uma resposta às informações divulgadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no dia anterior, durante evento para apresentação de relatório sobre as condições sanitárias dos cruzeiros.

A agência relatava que 44% das irregularidades registradas nos transatlânticos vistoriados na última temporada, entre outubro de 2010 e maio de 2011, foram encontradas em alimentos, como temperatura ou local de armazenamento inadequados.

Além disso, foram aplicados 200 autos de infração no período, nenhuma multa gravíssima: ficaram em torno de R$ 12.000.

ÍNDICE ABAIXO DO COMUM

A Abremar ressalta que o índice de ocorrências de sintomas de doenças nos navios “é abaixo do registrado para quaisquer locais com grande circulação de pessoas, como metrôs, ônibus, aviões, hotéis, piscinas, praias e cidades”.

A associação também diz que deve-se levar em conta que quase 100% dos hóspedes de navios desembarcam nas cidades visitadas e consomem alimentos e bebidas em estabelecimentos que, em alguns casos, não seguem a mesma rigidez sanitária dos navios.

Ela também ressalta que as informações “não podem ser abordadas de forma superficial e isolada, mas necessitam ser compreendidas na totalidade do relatório [da Anvisa], que é extremamente positivo para os cruzeiros”.

Além disso, a Abremar diz que todos os cruzeiros “obedecem a rígidas regras, controles e imposições determinadas por organismos internacionais, como o International Maritime Organization (IMO), com sede em Londres (UK), e o Centers for Disease Control and Prevention (CDC), em Atlanta (USA), que mantém programas de controle médico e sanitário dirigido a passageiros de navios”.

Fonte: DT

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