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"Portinari do Brasil" será lançado no Museu Nacional de Belas Artes do RJ

Candido Portinari foi mais do que o mais importante artista plástico do Brasil. Sua obra teve grande cunho social. Pintor, ilustrador, muralista, ninguém retratou, como ele, as mazelas do nosso país. Mesmo quando morou na Europa, de lá pensava na fome e na miséria do povo brasileiro. “Daqui fiquei vendo melhor a minha terra – fiquei vendo Brodósqui como ela é. Vou pintar o Palaninho, vou pintar aquela gente com aquela roupa e aquela cor”.

Obra de Cândido Portinari famosa

O lavrador de café 1939 – Cândido Portinari

“O pintor social crê ser o intérprete do povo, o mensageiro de seus sentimentos. É aquele que deseja a paz, a justiça e a liberdade. Num mundo onde não haja crianças famintas, homens sem direito, mães chorando e velhos morrendo desabrigados.”

 

São frases extraídas de suas memórias e narradas em primeira pessoa pelo ator Herson Capri que contam sua história, juntamente com reproduções de suas obras, durante os 56 minutos do documentário “Portinari do Brasil”. O filme faz parte da série Os Grandes Brasileiros, da FBL Criação e Produção, produtora de Rozane Braga, fundada por ela e pelo jornalista Fernando Barbosa Lima, morto em setembro de 2008. O lançamento será dia 8 de novembro, às 19h, no Museu Nacional de Belas Artes (RJ).

Patrocinado por Bradesco Seguros, Eletrobras e Petrobras, com o apoio Projeto Portinari e Sesc, o documentário tem direção-geral de Rozane Braga, direção de Sonia Garcia e roteiro de Maria Gessy. A história de Cândido Portinari, o maior pintor social do Brasil, está ali contada com detalhes, por ele mesmo e por suas obras”, comenta Rozane Braga.

Desde a infância em Brodósqui (SP) – para onde uma equipe da FBL viajou, filmando a casa onde nasceu, a capela que construiu e pintou para a avó –, o filme retrata com detalhes a vida de Portinari e sua evolução como artista. O primeiro curso de pintura, o primeiro quadro, “Retrato do Compositor”, em que pintou Carlos Gomes, em homenagem a seu pai. A viagem para o Rio de Janeiro, a Escola Nacional de Belas Artes, a viagem para a Europa, a união com Maria, o nascimento do único filho João Candido. A amizade com intelectuais como Carlos Drummond de Andrade, José Lins do Rego e Manuel Bandeira, a tentativa de entrar para a vida política através do Partido Comunista e também a lenta morte por envenenamento provocado pelas próprias tintas que usava em suas telas.

Portinari no prédio da Onu

Painéis Guerra e Paz de Cândido Portinari

Sobre suas pinturas, destaque para sua maior criação, os painéis Guerra e Paz, para a sede da ONU, em Nova Iorque. O filme descreve todo o método de trabalho e execução da obra. Durante quatro anos Portinari realizou 180 estudos em murais e maquetes, pintando 14 painéis separados, que acabaram sendo montados sem sua presença, já que havia sido impedido de entrar nos Estados Unidos por ser comunista.

Os prêmios e exposições internacionais também merecem destaque no DVD, que tem ainda três extras: O Ilustrador, O Muralista e O Pintor Sacro, todos com depoimentos gravados com o filho João Candido – que hoje preside o Projeto Portinari – e o pintor Israel Pedrosa, que foi seu aluno e é um profundo conhecedor de sua obra.

Além de ser distribuído gratuitamente para universidades, bibliotecas, colégios, instituições, empresas e órgãos do Governo, o DVD estará à venda em toda a rede da Livraria Cultura.

* Via Assessoria de Comunicação

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