Variedades & Tecnologia

Sertão Binário

É a cena cultural do interior de Pernambuco mostrando que permanece forte e criativa. Antes as viagens até Recife eram necessárias para encontrar um som “novo e moderno”, algo fora da cultura tradicional e do folclore. Hoje em dia modernidade e folclore se unem e gritam em uníssono que o Sertão é e sempre foi moderno, mas agora tem voz!!

folclore

Samples, sintetizadores, softwares para produzir música, batidas eletrônicas. À primeira vista pode parecer que está se falando de um grupo de hip hop de São Paulo ou algum festival pop no Rio de Janeiro. Mas não, aconteceu no Sertão Pernambucano. Sim, o mesmo Sertão que pariu Luis Gonzaga também pariu Nelson Triunfo, considerado pai do hip hop no Brasil. É nesse ambiente fértil e diverso que surge o Sertão Binário, coletivo musical que promove um diálogo entre a cultura popular de sua região e as novas tecnologias.

Cacau Arcoverde

Cacau Arcoverde

A banda Ambrosino Martins e a dupla eletrônica Radiola Serra Alta vêm da cidade de Triunfo, enquanto o performático Cacau Arcoverde vem da cidade que deu origem ao seu sobrenome artístico. De Tabira vem o rapper e poeta glosador Clécio Rimas. Todos cantam o Sertão, sua beleza, seus lamentos, seus contos e causos sobrenaturais.

O que os ligam além de sua terra? O gosto pela experimentação de recursos e ferramentas tecnológicas para produção de seus trabalhos musicais. O Sertão de ontem e hoje. Músicas como “Aboio Beat” da dupla Radiola Serra Alta já desenham a intenção estética.

Ambrosino Martins

Ambrosino Martins

Ambrosino Martins, com sua “percuteria” pesada aliada à presença de um dj no palco. Cacau Arcoverde com seus loops em tempo real com todo seu lirismo do Moxotó.

Clécio Rimas poetiza a Caatinga acompanhado de seu sequenciador de beats. O grupo já se articula para realizar uma caravana e lançar uma coletânea ainda em 2014.

O Brasil precisa conhecer o que está acontecendo no Brasil.

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