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Volvo Ocean Race – Lars Grael ministra palestra sobre Superação

Medalhista olímpico e porta-voz da vela brasileira participou do ciclo de palestras em Itajaí, o velejador falou da modalidade, meio-ambiente e políticas públicas. Sempre atento à regata, Lars Grael disse que os atletas da Volta ao Mundo são exemplos e que o evento na cidade catarinense superou as expectativas.

Lars Grael é um exemplo de superação diária

Lars Grael: um incrível exemplo de superação. Foto: Aline Bassi/Balaio de Ideias

A família Grael é sinônimo de vela. Torben, Lars, Axel, Martine, Marco e cia limitada sempre dão orgulho ao Brasil dentro e fora da água. Na Volvo Ocean Race, o sobrenome está no panteão dos campeões com Torben, que conquistou o título na edição 2008-09. Outro exemplo de sucesso e de reconhecimento é Lars Grael, medalhista olímpico e hoje um dos porta-vozes da modalidade no Brasil. Mesmo depois de perder uma perna em um acidente em 1998, o campeão deu a volta por cima e é um dos melhores timoneiros da classe Star do mundo. Recentemente, Lars Grael venceu pela sexta vez o Campeonato Brasileiro da categoria. Um exemplo de superação, assim como a Volvo Ocean Race.

“Na Volvo Ocean Race, os atletas se superam a cada dia, a cada etapa. É um evento único com o mais alto-nível técnico entre as tripulações. Disciplina, máximo rendimento e dificuldade fazem parte do campeonato. O barco só de mulheres é um exemplo, pois demostra superação e capacidade. Elas já venceram regatas locais e provaram que podem brilhar”, contou Lars Grael.

Lars Grael

Lars Grael em ação. Foto: Aline Bassi/Balaio de Ideias

O velejador foi convidado para dar palestra nesta sexta-feira (10), na Vila da Regata. Mas antes, Lars Grael visitou a cidade de Itapema, próxima a Itajaí. No evento com a imprensa realizado no Plaza Resorts, o medalhista olímpico pediu mais investimento e atenção para vela oceânica nacional.

“O Brasil não tem cultura náutica. Existe um preconceito de que as marinas agridem ao meio ambiente. Essa imagem é antiga. O país ganharia com geração de renda e turismo, além do desenvolvimento do esporte náutico”, contou Lars Grael. “Somos referência na vela olímpica. Mas na vela oceânica a gente está um pouco atrás dos outros países, justamente por isso”.

Lars Grael elogiou os números de público da parada de Itajaí. O último levantamento já indicou que mais de 100 mil pessoas visitaram o local desde a última sexta-feira. “A reputação internacional foi grande para a cidade. A boa organização e o sucesso de público chamam a atenção para Itajaí”.

A Volvo Ocean Race aguarda a chegada do barco Dongfeng à cidade. O barco chinês navega a motor e deve atracar na Vila da Regata no início da semana que vem. O mastro chegou nesta sexta-feira de avião em Campinas e está a caminho de Itajaí. A largada para a sexta etapa – entre o Brasil e os Estados Unidos – será no domingo (19).

A Volvo Ocean Race está em sua 12ª edição evento! A regata começou em 4 de outubro de 2014, com a In-port race ou regata local de Alicante, na Espanha. A última prova será no dia 27 de junho de 2015, em Gotemburgo, na Suécia, casa da Volvo.

As próximas paradas do calendário serão: Newport, Rhode Island (Estados Unidos), Lisboa (Portugal) e Lorient (França). Um pit-stop de 24 horas em Haia (Holanda) está programado entre a França e a Suécia.

Essa edição e a próxima serão disputadas com barcos de alto desempenho. Os novos modelos, chamados de Volvo Ocean 65, foram projetados pela Farr Yacht Design e construídos por um consórcio de estaleiros no Reino Unido, França, Itália e Suíça. O novo monocasco de 65 pés (19,8 metros) é de design único. As equipes receberam os veleiros iguais e prontos para as regatas. Os modelos são equipados com a mais recente tecnologia via satélite. As imagens em vídeo são enviadas pelo repórter que viaja com as tripulações. O OBR faz parte da Volvo Ocean Race desde a edição 2008-09.

São sete equipes de diferentes nacionalidades na disputa. O Team SCA representa a Suécia e é formado apenas por mulheres. A última vez que uma equipe 100% feminina correu foi na edição 2001-02. O Abu Dhabi Ocean Racing leva a bandeira dos Emirados Árabes Unidos para a regata. O medalhista olímpico Ian Walker novamente comanda a equipe. A China volta a ter uma equipe na regata com o time Dongfeng Race Team, que é bancado pela montadora Dongfeng Commercial Vehicle em parceria com OC Sport, empresa de marketing esportivo. O Team Brunel, da Holanda, é uma das tripulações mais experientes da Volvo Ocean Race. O veleiro é comandado por Bouwe Bekking. O Team Alvimedica, com as bandeiras de Turquia e EUA, está na disputa com o patrocínio de uma empresa da área médica. O sexto barco confirmado foi o espanhol MAPFRE. A equipe conta com o único brasileiro a bordo: André ‘Bochecha’ Fonseca. O Team Vestas Wind, que defende as cores da Dinamarca, foi o sétimo e último barco a se inscrever.

O campeão será o time que somar menos pontos. Quem chegar em primeiro nas etapas leva um ponto, em segundo dois, em terceiro três e assim por diante. As regatas locais servem para efeito de desempate.

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