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Chapada dos Guimarães: turismo no centro geodésico do Brasil

Por Geraldo Gurgel / Ministério do Turismo

Cuiabá é a porta de acesso ao Parque Nacional da Chapada dos Guimarães, destino turístico de brasileiros e estrangeiros que buscam tranquilidade e natureza exuberante. A cidade de Chapada dos Guimarães, próxima ao parque e distante 65 km da capital de Mato Grosso, tem a preferência dos visitantes pelo seu casario histórico com mais de 40 prédios tombados pelo Iphan, entre eles, a bucólica igreja de Santana (1751). Nos arredores da praça ficam bares, restaurantes e lojas de artesanato, que ocupam o casario colorido. A cidade também conta com boas opções de hospedagem.

Cartão postal da Chapada de Guimarães, a cachoeira Véu da Noiva é formada pelo rio Coxipó, com 86m de queda livre, é o principal ponto de visitação do Parque Nacional. Além da cachoeira, o vale e as escarpas do morro, aumentam a beleza do local. A cachoeira pode ser observada a partir de um mirante próximo à administração do parque, ou por baixo, através de uma trilha íngreme, que só pode ser feita com autorização do Ibama. Os paredões de arenito, cânions e cachoeiras da chapada formam um belíssimo contraste à planície do Pantanal. Chapada dos Guimarães (MT). Foto: Beto Garavello *** Local Caption *** * prazo indeterminado

Cartão postal da Chapada de Guimarães, a cachoeira Véu da Noiva é formada pelo rio Coxipó, com 86m de queda livre, é o principal ponto de visitação do Parque Nacional. Além da cachoeira, o vale e as escarpas do morro, aumentam a beleza do local. A cachoeira pode ser observada a partir de um mirante próximo à administração do parque, ou por baixo, através de uma trilha íngreme, que só pode ser feita com autorização do Ibama. Os paredões de arenito, cânions e cachoeiras da chapada formam um belíssimo contraste à planície do Pantanal. Foto: Beto Garavello

O artesanato com forte influência indígena é outro atrativo e uma das referências da chapada. Nos dias mais frios do ano, a temperatura pode cair abaixo de zero. Esse outro diferencial de Chapada dos Guimarães, a 811 metros de altitude, atrai muitos turistas para o festival de inverno marcado pela boa música e cardápio típico como galinhada, arroz Maria Isabel (com carne seca), pacú e filé de pintado.

A integração com a natureza é a marca de Chapada dos Guimarães que divide com Cuiabá os 330 km² do parque nacional. O cenário é perfeito: uma combinação de cerrado com cachoeiras e cânions, além de pinturas rupestres e formações rochosas que se elevam e enchem os olhos de ecoturistas e esotéricos. As muitas trilhas, desbravadas a pé ou de bicicleta, levam os visitantes a mirantes naturais. Dos maciços montanhosos, em dias claros, avista-se a planície pantaneira e Cuiabá. Em um deles fica o marco que seria o Centro Geodésico da América do Sul, a 845 metros de altitude e equidistante 1.600 km dos oceanos Atlântico e Pacífico. Cuiabá também disputa essa posição geográfica.

Quem visita a Chapada dos Guimarães pode aproveitar para admirar o visual de 157 km de paredões cortados por 56 nascentes e 487 cachoeiras. A região da chapada tem, ainda, 46 sítios arqueológicos e dois sítios paleontológicos. Todos esses atrativos estão ligados por trilhas em meio à vegetação predominante do Cerrado. Além do Parque Nacional, o turista encontra 2.500 km² de Área de Proteção Ambiental; duas reservas estaduais; dois parques municipais; duas estradas-parque e uma fauna variada com 38 espécies endêmicas.

Alguns dos passeios mais belos ficam fora do Parque Nacional, entre eles, o Mirante Morro dos Ventos que fica a 1 km da cidade na borda dos paredões da chapada com vista para os paredões vizinhos a partir de uma plataforma de aço fixada na rocha. Já a caverna Aroe Jari ou “Morada das Almas” com 1,5 km de extensão tem entrada de 10 metros de altura e 60 de largura. O local tem trechos submersos e muitas pinturas rupestres. Na parte final da caverna tem a Lagoa Azul de águas cristalinas. Os feixes de luz natural deixam o cenário ainda mais bonito quando o sol forma a figura de uma ampulheta entre o teto e a água.

O Parque Nacional da Chapada dos Guimarães assenta-se sobre um trecho dos planaltos divisores entre as bacias dos rios da Prata e Amazonas. Distante apenas 67 km de Cuiabá e próximo também da cidade de Chapada dos Guimarães, é considerada centro geodésico da América do Sul. Sua rede de drenagem abriga as cabeceiras de diversos rios importantes para a planície cuiabana. Chapada dos Guimarães (MT). Foto: Beto Garavello *** Local Caption *** * prazo indeterminado

O Parque Nacional da Chapada dos Guimarães. Foto: Beto Garavello

O conjunto natural fica a 46 km da cidade em uma área particular. Aproveite para visitar também a caverna Kiogo Brado, que fica na mesma trilha, com 30 metros de altura e 273 de extensão percorrida por um curso d´água do início ao fim. A água segue por um caminho paralelo a trilha dos visitantes. A vista do interior da caverna e suas formações remetem à arquitetura das igrejas com o teto repleto de adornos.

Confira aqui os atrativos imperdíveis do passeio:

O parque pode ser visitado o ano todo e a entrada é gratuita. Somente em 2015, 175 mil pessoas passaram por lá. A preservação dos recursos naturais e sítios arqueológicos proporciona o uso adequado para visitação, educação e pesquisa. Para saber mais sobre turismo sustentável, acesse Passaporte Verde e selecione as dicas para cuidar do meio ambiente.

Véu de Noiva: Cartão-postal da Chapada dos Guimarães, a cachoeira de 86 metros de altura é cercada por paredão de arenito em forma de ferradura. As araras vermelhas, que voam pelo vale, emocionam os turistas.

Circuito de Cachoeiras: O circuito é formado pelo córrego Independência, que desce pelo cerrado. São elas: 7 de setembro, Pulo, Degraus, Prainha, Andorinhas e Independência ou dos Malucos.

Casa de Pedra: A Casa de Pedra é uma gruta esculpida pelo córrego Independência. O local teria abrigado escravos fugitivos e a Coluna Prestes durante sua passagem pelos sertões. Hoje é habitada por morcegos e pequenos animais e preserva vestígios de inscrições rupestres.

Morro São Jerônimo: O Morro de São Jerônimo é um dos pontos mais altos do Parque Nacional, com mais de 800 metros de altitude e visual compensador ao esforço físico da caminhada.

Cidade de Pedra: As formações rochosas dão nome ao atrativo na beira dos paredões com desnível de 350 metros. Araras vermelhas, corujas buraqueiras, seriemas e emas frequentam o local. Pegadas de anta e onça pelo caminho indicam a presença de outros visitantes.

Vale do Rio Claro: O Vale do Rio Claro inclui caminhadas, subida à Crista de Galo, que permite visualização de 360° dos paredões areníticos, banhos no Poço da Anta e flutuação no longo do Rio Claro.

O Parque Nacional da Chapada dos Guimarães assenta-se sobre um trecho dos planaltos divisores entre as bacias dos rios da Prata e Amazonas. Distante apenas 67 km de Cuiabá e próximo também da cidade de Chapada dos Guimarães, é considerada centro geodésico da América do Sul. Sua rede de drenagem abriga as cabeceiras de diversos rios importantes para a planície cuiabana. Chapada dos Guimarães (MT). Foto: Beto Garavello *** Local Caption *** * prazo indeterminado

O Parque Nacional da Chapada dos Guimarães assenta-se sobre um trecho dos planaltos divisores entre as bacias dos rios da Prata e Amazonas. Distante apenas 67 km de Cuiabá e próximo também da cidade de Chapada dos Guimarães, é considerada centro geodésico da América do Sul. Sua rede de drenagem abriga as cabeceiras de diversos rios importantes para a planície cuiabana. Chapada dos Guimarães (MT). Foto: Beto Garavello

Como chegar: O acesso ao parque da Chapada dos Guimarães é feito pela rodovia estadual MT – 251, que margeia e corta o parque em grande extensão. A entrada principal está a 50 km de Cuiabá e 11 km da cidade de Chapada dos Guimarães. Carro tracionado e guia especializado no roteiro devem fazer parte do planejamento da viagem. Para quem não tem carro, é possível pegar ônibus na rodoviária de Cuiabá para Chapada dos Guimarães. Agências locais oferecem passeios para os principais atrativos – procure uma cadastrada no Cadastur.

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