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Por que o dólar para turismo é mais caro do que o dólar comercial?

Existe uma grande dúvida sobre a diferença entre o dólar comercial e o dólar turismo. Qualquer pessoa que já comprou dólares sabe que o segundo é sempre mais caro do que o primeiro, mas poucos sabem o porquê dessa diferença de valores. Para fazê-lo entender, a BeeCâmbio, primeira correspondente cambial brasileira que funciona totalmente online e está presente em 40 cidades, preparou uma explicação com os principais conceitos por trás do mercado de câmbio.

Primeiro, é importante entender que um país pode adotar dois regimes diferentes de câmbio: o câmbio flutuante e o câmbio fixo. No primeiro, o mercado é quem define, livremente, o valor da moeda local em relação às moedas, ou seja, a cotação varia de acordo com a oferta e a demanda. No segundo, quem é o responsável pelo valor fixo da taxa de câmbio de sua moeda em relação a uma outra moeda – quase sempre, o dólar – é o próprio país. Ou seja, para manter a taxa de câmbio local dentro do valor desejado, o Banco Central do país vende e compra moeda no mercado internacional (sempre em relação à moeda no qual a taxa está fixada).

A partir desse conceito e sabendo que ambas têm relação direta com a cotação do câmbio em um país, é possível explicar a diferença entre câmbio comercial e câmbio turismo. Veja abaixo:

  • O câmbio comercial é o valor base da moeda no mercado. Essa taxa é utilizada no pagamento ou recebimento de recursos provenientes de exportações e importações de bens e serviços do Brasil, no caso do nosso país, com o mundo. Em outras palavras, o câmbio comercial é utilizado as transações não exigem a troca de dinheiro físico (papel-moeda). É o que acontece também para transferências internacionais, que agrega ao câmbio comercial uma porcentagem variante fixada pela instituição responsável pela transação.
  • Já o câmbio turismo pode ser calculado com base no dólar comercial ou na cotação comercial de cada moeda versus o real, no caso do Brasil. Ela é mais cara em relação a cotação do câmbio comercial, pois além do valor base, incorpora todos os custos envolvidos, desde a importação do papel-moeda do país de origem até a colocação nas casas de câmbio. Por conta disso, o custo de ter uma moeda física é proveniente do valor do câmbio turismo, já que contempla os gastos de todo o processo.
    Também é importante saber que, no câmbio turismo, as moedas mais “exóticas” têm um valor ainda mais alto em relação ao câmbio comercial. Isso acontece porque o risco de manter em estoque essas moedas menos negociadas no mercado é alto, o que faz com que sejam compradas em menores quantidades, elevando o preço.

Com essa explicação, o comprador de câmbio não precisa mais se sentir injustiçado ao comprar dólar, euro, libra ou qualquer outra moeda por um valor relativamente maior do que a cotação comercial dela.

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