Hospedagem

Relíquia arquitetônica do Rio de Janeiro será novo complexo hoteleiro

Instalado em meio à exuberante Mata Atlântica do no Cosme Velho, Zona Sul do Rio de Janeiro, o conjunto de seis residências do Largo do Boticário com suas casas coloridas, em estilo neocolonial, erguidas entre a segunda metade do século XIX e as três primeiras décadas do século XX, receberá o primeiro JO&JOE Open House da América do Sul e terá novo conceito de hospitalidade combinando o melhor dos formatos de hotel, hostel e aluguel privado.

Largo do Boticário

Com inauguração prevista para 2020, o Jo&Joe do Largo do Boticário terá 70 quartos, num total de 350 camas. A propriedade terá um mix de quartos: privados, coberturas e dormitórios com capacidade para acomodar dez pessoas (com banheiro compartilhado). Haverá restaurantes, piscinas, área para churrasco e espaço compartilhado para trabalho.

Largo do Boticário

Um grande bar no meio da Open House será uma das atrações do local, aberto até às 2h da manhã, com cerveja e variedades de cachaça, e capacidade de receber até 300 pessoas. Um bar para servir sucos para os amantes da vida saudável também está panejado. “Este local personalizado tem a ambição de se tornar e permanecer um dos principais pontos da cidade, tanto para viajantes como para a vizinhança” declara François Leclerc, VP de Marcas e Operações do JO&JOE. Um espaço cultural e artístico também faz parte do projeto, assim como uma área de eventos sociais. Vans transportarão os hóspedes para as praias de Copacabana e Ipanema, assim como pontos de surfe tais como Grumari, Joatinga e Prainha. Transportes gratuitos dos aeroportos do Galeão e Santos Dumont também facilitarão a chegada e partida desta nova propriedade do JO&JOE.

AccorHotels se comprometeu em realizar a requalificação e restauração completa do complexo, patrimônio listado pelo “Instituto Estadual de Patrimônio Cultura (Inepac) em 1987, respeitando o projeto original. A empresa produzirá e publicará um livro que conta a história do “Largo do Boticário” e mostrará o desenvolvimento dos trabalhos de revitalização arquitetônica com a supervisão feita pelo Inepac. A área ao redor, de floresta nativa, que também é patrimônio listado, será preservada.

O nome “Largo do Boticário” é derivado de Joaquim Luís da Silva Souto, um boticário que tinha seu estabelecimento na rua “Direita”. Agora a rua é chamada “Primeiro de Março”, no centro do Rio. O boticário foi muito bem-sucedido e teve entre seus clientes a família real de Portugal. Ele comprou terras na área do Cosme Velho e se mudou para o “Largo do Boticário” em 1831. No ano de 1846 morou ali o marechal Joaquim Alberto de Souza Silveira, frequentador da corte e padrinho de nascimento de Machado de Assis (famoso escritor brasileiro).

O conceito do projeto foi criado em conjunto pela empresa Lakasa Development Empreendimentos Ltda e o escritório de arquitetura Ernani Freire & Associados, chefiado pelo próprio Ernani, fundador do Escritório e professor de Arquitetura e Urbanismo na PUC Rio. “A arquitetura histórica será toda preservada, por dentro e por fora. Nosso desafio será conciliar isso com a modernidade do projeto” disse Ernani. “Serão intervenções parciais”, concluiu.

Largo do Boticário

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