Dicas & Destinos

Os 10 lugares mais fotografados do mundo, segundo o Google

Lista da Panoramio, ferramenta de imagens do Google, inclui lugares que não costumam aparecer no topo dos cartões-postais do mundo

Na era do Instagram, tirar uma foto e compartilhá-la é uma experiência tão importante quanto o fato de estar viajando. Recentemente, a rede social publicou a lista com os lugares mais registrados no ano passado, como Nova York, nos EUA, Londres, na Grã-Bretanha, e Paris, na França (São Paulo apareceu na quarta posição) – todos destinos turísticos mundiais por excelência.

De acordo com estudos feitos nos EUA, 1 trilhão de fotos foram feitas em 2015 em todo o planeta, número que chegou a 1,3 trilhão no ano passado. Na esteira do fenômeno de produzir imagens, empresas de diversos segmentos buscam atender e criar demandas relacionadas com a explosão do ato de fotografar (de fotolivro a câmeras modernas).

Baseado no crescimento gradativo dos dados, o site SightsMap, que relaciona informações para a ferramenta Panoramio, do Google, listou em maio deste ano os lugares mais fotografados do planeta. Eles estão disponíveis nos serviços de mapeamento e busca do Google. Mostramos a seguir os dez mais registrados.

The Guggenheim Museum, Nova York, EUA

Nova York é a cidade mais fotografada do mundo – dentro e fora das redes sociais. Com mais de 53 milhões de turistas visitando a metrópole estadunidense a cada ano, ela é um destino óbvio para fotógrafos amadores. Os visitantes registram cartões-postais famosos, como a Estátua da Liberdade, o Empire State Building e o Central Park, mas eles não superam, em número de fotos, o Guggenheim Museum.

Construído pelo arquiteto Frank Lloyd e aberto em 1959, o museu guarda uma grande coleção de arte moderna e contemporânea. O prédio cilíndrico, com sua rampa contínua em espiral, foi o cartão-postal mais fotografado de Nova York – e, consequentemente, do mundo – nos últimos anos.

Igreja da Santíssima Trindade dos Montes, Roma, Itália

É difícil encontrar uma parte de Roma, capital italiana, que não seja fotogênica – onde o visitante olha há fontes, gloriosas catedrais e arquitetura clássica. Não é surpresa, assim, que a cidade esteja entre as mais fotografadas do planeta. Segundo o Google, a segunda mais.

Mesmo quem nunca foi a Roma conhece alguns dos cartões-postais mais famosos, como o Coliseu e a Fonte de Trevi, mas nem todos conhecem a Igreja da Santíssima Trindade dos Montes – ou Trinità Dei Monti: a última igreja renascentista situada no topo das escadarias da Piazza di Spagna cuja construção data de 1500 e fica atrás do obelisco Salustiano, inaugurado pelo Papa Pio VI no final do século 18.

Parque Güell, Barcelona, Espanha

O Park Güell é, sem dúvida, o parque mais famoso de Barcelona, usado de cenário para filmes, séries de televisão, clipes musicais e sessões de fotos turísticas. Encontra-se no alto da cidade, acima do popular bairro de Gracia e junto do parque de El Carmel.

Foi construído por Gaudí a pedido de Eusebi Güell entre os anos 1900 e 1914. A ideia, no início, era construir uma área urbana inteira, mas depois resolveram projetar ali apenas um parque aberto. A obra também pertence à fase naturalista do arquiteto, predominando os temas de animais, como uma salamandra que precede o terreno, a serpente que se encontra em uma das fontes ou as gárgulas situadas abaixo dos bancos ondulados da praça central.

O uso de azulejos como ornamento decorativo enche o parque de cor, cuja arquitetura se funde com a natureza que a rodeia. Dos bancos, que simulam as ondas do mar, dá pra ter uma visão panorâmica de Barcelona. Até alguns anos, a entrada era gratuita, mas já faz um tempo que a prefeitura cobra uma taxa dos turistas e moradores para preservá-lo.

Como não podia ser de outra maneira tratando-se de uma obra de Gaudí, o toque religioso se encontra no Calvário, uma espécie de capela no alto do parque. Dentro dela está a Casa-Museo Gaudí, onde o arquiteto viveu e em que hoje está uma ampla coleção de obras dele.

Moulin Rouge, Paris, França

É difícil de acreditar que nem a Torre Eiffel, nem o Arco do Triunfo, nem a Champs-Élysées, nem qualquer outro ponto de Paris, na França, é mais fotografado do que o Moulin Rouge, o cabaret francês que criou o cancan e ficou famoso mundialmente com o filme de mesmo nome lançado por Hollywood em 2001.

Segundo o Google, desde então o Moulin Rouge se tornou uma das atrações turísticas mais visitadas da capital francesa, reconhecida universalmente pelo cata-vento vermelho instalado no teto e as luzes de neon que iluminam o edifício durante a noite.

Kiz Kulesi, Istambul, Turquia

Antes de ser invadida pelos otomanos, Istambul era parte do Império Romano, conhecida primeiro como Império Bizantino e, posteriormente, como Constantinopla. Hoje, muitas partes da cidade refletem a arquitetura bizantina do passado. O lugar mais fotografado de Istambul mostra exatamente isso: uma pequena ilha a 200 metros da costa, na entrada sudoeste do Estreito de Bósforo. A Kiz Kulesi, também conhecida como Torre de Leandro, foi construída originalmente pelo antigo general ateniense Alcibíades.

Ponte dell’Accademia, Veneza, Itália

Fundada também no século V, a cidade ao nordeste da Itália se estende por 118 ilhas pequenas do Mar Adriático. A Unesco, braço da ONU para a educação e cultura, colocou-a como Patrimônio Histórico Mundial em 1987, reconhecendo o significado cultural da cidade e suas séries de canais.

A Ponte dell’Accademia é uma das quatro pontes que abrangem o grande canal de Veneza. Dela é possível ver as igrejas e os palácios que pontilham toda a cidade e atraem milhões de turistas todos os anos. Construída em 1933 como uma estrutura temporária em substituição à ponte original, feita de aço e que estava no local desde 1854, a construção de madeira se tornou rapidamente um cartão-postal de Veneza, fazendo com que as autoridades tivessem que mudar de ideia e deixá-la para sempre.

Hotel de Paris, Monte Carlo, França

O paraíso para os ricos e famosos na Riviera Francesa, em Mônaco, é sinônimo de luxo e opulência. O Hotel de Paris, construído em 1864, se situa próximo à Place du Casino, outro cartão-postal da cidade. Famosos hóspedes estiveram ali, como Nelson Mandela e Michael Jackson, assim como o príncipe Rainier e a princesa Grace de Mônaco, que celebrou seu aniversário de 20 anos em uma suíte privada do hotel.

Apesar de a imensa maioria dos turistas não ter condições de pagar por uma noite na Suíte Winston Churchill, por exemplo, que custa US$ 17 mil (R$ 63 mil), muitos param na porta do hotel para fazer selfies ou para fotografá-lo. São tantos que colocam o Hotel de Paris na sétima colocação dos lugares mais registrados do mundo pelo Google.

Piazzale Michelangelo, Florença, Itália

A Itália é o único país que possui duas cidades na lista. Florença, a capital da Toscana, é considerado o local de nascimento da Renascença – e não à toa é repleta de monumentos, edifícios e igrejas, incluindo a imensa catedral Santa Maria del Fiore.

Muitos dos cartões-postais da cidade podem ser observados a partir da Piazzale Michelangelo, que fica em uma pequena montanha ao sul do centro da cidade. Os turistas buscam a praça para ter uma vista panorâmica de Florença e, claro, tirar muitas fotos.

Caminito, Buenos Aires, Argentina

Buenos Aires é a única cidade da América Latina na lista do Google – muito por causa de sua arquitetura europeia que remonta ao início do século passado. O lugar mais fotografado na cidade, porém, não tem a ver com a herança da colonização: o Caminito, um museu de rua colorido que foi projetado pelas ruas do bairro de La Boca pelo artista argentino Benito Quinquela na década de 1950.

Ele pintou as casas com combinações distintas e únicas de cores, formando uma caminho (um caminito) repleto de tons e cores sobre as paredes das casas. Hoje, já um destino turístico mundial, as ruas recebem todos os dias apresentações de tango e há vários estabelecimentos para comer um churrasco argentino ou experimentar o dulce de leche local.

Basílica de Santo Estevão, Budapeste, Hungria

Em primeiro lugar, a capital húngara é uma das cidades mais bonitas do mundo, ocupando os dois lados do Rio Danúbio – que se estende por outros países do Leste Europeu. Dito isso, um dos cartões-postais da metrópole também merece o posto de décimo lugar mais fotografado do mundo: a Basílica de Santo Estevão, uma das várias edificações renascentistas da cidade.

A igreja foi batizada com o nome do primeiro rei da Hungria, Estevão, e acredita-se que sua mão esteja guardada no relicário. O templo demorou mais de meio século para ficar pronto, mas hoje é uma das passagens obrigatórias de quem chega à Hungria.

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