Dicas & Destinos

Destino: Instituto Inhotim – Minas Gerais

Por Luna Vale

Imagine um parque enorme, bem grande mesmo, daqueles que você não vê o fim. Árvores de todos os tipos, plantas, flores, lagos, paisagens que te dão vontade de tirar milhões de fotos, mesmo que todas pareçam iguais. Aí imagina que você está passeando por ele e, de repente, dá de cara com uma escultura ou uma galeria de arte mesmo, com ar condicionado e obras em seu interior. Incrível, não? Esse lugar existe, e fica muito mais perto do que você imagina.

Paisagem 01 Inhotim

Prazer, esse é o Instituto Inhotim, localizado há apenas 60km de Belo Horizonte, Minas Gerais. Criado em 2006, o local é um museu a céu aberto, com um dos mais importantes acervos de arte contemporânea do mundo, além de reunir uma coleção de plantas de dar inveja a muito Jardim Botânico por aí. Estive por lá na primeira semana de janeiro e fiquei tão encantada que me senti na obrigação de compartilhar as informações para que todos possam conhecer. Como são 140 hectares e milhares de obras, o ideal é ter dois dias para visitar tudo.

Paisagem 04 Inhotim

Saímos de carro do Rio em uma terça de manhã com destino a Belo Horizonte. A estrada é boa, sem buracos, apenas com muitos caminhões, mas nada que nos impedisse que chegar a tempo de almoçar no Mercado Municipal. A tarde foi para curtir, fazer compras e descansar um pouco no hotel antes do jantar impecável no restaurante Alma.

É possível também se hospedar em Brumadinho, a pequena cidade vizinha de 35 mil habitantes que fica a apenas 3km do Instituto. Mas já ouvi falar que, por ser interior, tudo fecha cedo e não há muitas opções de gastronomia e lazer de noite, a não ser que você se hospede em um hotel fazenda ou uma boa pousada.

Vantagem de ficar hospedado em BH: Ótimas opções de bares e restaurantes para jantar. Desvantagem: dirigir cerca de 120km por dia.

Na ida ou na volta, aproveite para comer um pastel frito na hora com um caldo de cana, água de coco ou suco de laranja em uma barraquinha na estrada.

Na ida ou na volta, aproveite para comer um pastel frito na hora com um caldo de cana, água de coco ou suco de laranja em uma barraquinha na estrada.

Quarta, 8h da manhã no carro, já que o parque abre 9h30 e são 60km até lá. Com a limitação de velocidade (60km/h na cidade e 80km/h na estrada) e parte da estrada em mão dupla, a viagem dura uma hora. Sair de BH é simples, basta seguir para rodovia Fernão Dias, com destino a São Paulo por cerca de 30km (nada que o Waze não resolva). Depois, há placas na estrada indicando a saída para Brumadinho, por onde segue-se mais 30km em uma estrada de mão única com bastante caminhões. O estacionamento é amplo e gratuito, não tivemos nenhuma dificuldade para chegar. Outra opção é aproveitar as vans que saem de dois pontos da capital: do bairro de Savassi (R$60 ida e volta) e rodoviária (R$47,35). Vale conferir o site do Instituto para checar preços e horários.

Paisagem 02 Inhotim

Na quarta-feira a entrada é gratuita, o que explica o grande movimento no parque. Mas as instalações e o serviço impressionam: funcionários muito educados e que conhecem bem o lugar, sabem te dar qualquer informação perguntada. Banheiros limpos apesar das filas e não se vê um lixo no chão. Comidas e bebidas com preço justo, além de bebedouros espalhados. Há ainda um guarda-volumes gratuito na recepção.

São 3 circuitos divididos por cores que podem ser feitas de três formas: a pé, por carrinhos de golfe que andam circuitos predeterminados (fundamental para as partes mais afastadas – R$25 por pessoa/dia) e alugando um carrinho exclusivo durante o dia (R$480 para 5 pessoas/dia). Optamos por conhecer a pé as obras mais próximas no primeiro dia e alugar o carrinho no segundo.

Apesar de cheio, pegamos fila apenas em uma obra (Quarto vermelho, de Cildo Meireles) e na hora do almoço. São duas opções de restaurantes: um buffet com preço fixo (R$58 durante a semana e R$67 no fim de semana) aberto todos os dias e um quilo (R$38,90 e R$59,90), aberto apenas nos fins de semana e quartas, além de lanchonetes espalhadas pelo parque, mas que nem todas funcionam todos os dias. Neste primeiro dia, visitamos todo o circuito amarelo e parte do laranja e do rosa que ficam mais próximas à recepção. Como estava bem cheio, optamos por ir embora um pouco antes do fechamento e chegamos em BH por volta das 18h.

Quarto vermelho - Cildo Meireles.

Quarto vermelho – Cildo Meireles.

Vantagens de ir na quarta-feira: entrada gratuita, restaurantes e lanchonetes abertos. Desvantagem: mais cheio do que outro dia de semana.

Voltamos na quinta também na hora de abertura. Pagamos a entrada (R$25), que pode ser comprada antecipadamente pelo site, e a pulseira que nos daria direito a usar o carrinho (R$25) e seguimos direto para as obras mais afastadas. Na primeira, já percebemos que o dinheiro fora bem investido – é uma bela subida. Os carrinhos tem pontos de embarque e desembarque bem sinalizados e funcionam muito bem, com pouco tempo de espera. Começamos pelo circuito rosa para depois seguir para o laranja. Foi onde encontramos a primeira decepção: é a maior área do parque e não havia nenhuma lanchonete aberta, tivemos que voltar e desviar do caminho para comer algo.

As famosas bolinhas de Yayoi Kusama.

As famosas bolinhas de Yayoi Kusama.

Importante dizer que existem duas obras interativas que são piscinas e permitem o mergulho. Ambas contam com vestiários, mas atenção: são disponibilizadas apenas cerca de 20 a 30 toalhas por dia, portanto é bom ir logo cedo ou levar a sua própria. Uma a céu aberto, com 1,80m de profundidade (menores só podem ir acompanhados do responsável) que estava uma delícia debaixo de um sol de verão. A outra fica dentro de um pavilhão com ar condicionado, ou seja, a temperatura da água varia entre 12°C e 14°C.

Interior da cúpula de Mathew Barney.

Interior da cúpula de Mathew Barney.

Vantagens de ir na quinta-feira: muito mais vazio do que na quarta ou em fins de semana. Desvantagem: nem todas as opções de lugares para comer estão abertas.

Em dois dias, um deles com o carrinho, conseguimos ver todas as atrações e ainda voltar em algumas. Lembrando que muitas são interativas, então você “perde” o tempo que desejar com cada uma. Vimos pessoas de todas as idades, de bebês de colo à melhor idade, chamando atenção para quantidade de crianças.

Resumindo, é um lugar que vale e muito a visita para todos. E como nem todo o acervo é permanente, é possível ir diversas vezes e ver coisas diferentes a cada viagem.

Funcionamento:
Terça a sexta-feira: 9h30 às 16h30
Sábado, domingo e feriado: 9h30 às 17h30
No carnaval, de 6 a 10 de fevereiro, o Inhotim estará aberto das 9h30 às 17h30

Ingresso:
Terça e quinta-feira: R$ 25,00
Quarta-feira (exceto feriado): entrada gratuita
Sexta, sábado, domingo e feriado: R$ 40,00
Fechado às segundas-feiras.

Transporte:
Carro – 60km de BH
Vans de BH: Savassi (R$60 ida e volta) e rodoviária (R$47,35).

Fotos: Luna Vale/gastronomiaporesporte.com.

Piscina, obra de Jorge Macchi.

Piscina, obra de Jorge Macchi.


As atrações e/ou informações sobre eventos que constam neste site estão sujeitas a mudanças e alterações sem aviso prévio. Evite surpresas telefonando antes de visitar as atrações ou eventos.

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